Bullying,"brincadeira sem graça!"
domingo, 8 de maio de 2011
Cyberbullying
Conselho Nacional de Justiça lança cartilha sobre bullying
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão ligado ao Poder Judiciário brasileiro, lançou uma cartilha sobre bullying (violência física ou psicológica contra pessoa incapaz de se defender), que traz orientações para pais e educadores sobre como tratar o problema, hoje muito comum nas escolas. O material, que está disponível no site do cnj e também no google, é de autoria da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva e traz perguntas e respostas que ajudam a identificar e tratar o problema.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão ligado ao Poder Judiciário brasileiro, lançou uma cartilha sobre bullying (violência física ou psicológica contra pessoa incapaz de se defender), que traz orientações para pais e educadores sobre como tratar o problema, hoje muito comum nas escolas. O material, que está disponível no site do cnj e também no google, é de autoria da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva e traz perguntas e respostas que ajudam a identificar e tratar o problema.
BULLYING
A responsabilidade jurídica diante do comportamento agressivo de estudantes.
As consequências no ambiente escolar e na sociedade
Nesse contexto, válido relembrar o caso do adolescente sul-coreano Cho Seung-Hui, responsável pelo massacre em uma Universidade Estadual da Virgínia, nos Estados Unidos da América, em abril de 2007. Vítima de bullying pelos colegas de turma, o estudante invadiu a universidade matando 32 pessoas, deixando mais de 15 feridas e, em seguida, suicidando-se.
As estatísticas vindas dos estudos realizados por pediatras, pedagogos e psicólogos mostram números cada vez mais preocupantes de tal prática em nossas instituições de ensino.
A responsabilidade dos pais
Nesse ponto, vale registrar que o ingresso no mundo adulto requer a apropriação de conhecimentos socialmente produzidos. Para tanto, sabe-se que a natureza humana não é espontaneamente generosa, respeitosa e solidária. Virtudes como essas devem ser rotineiramente aprendidas e exercitadas.
A interiorização de tais conhecimentos e experiências vividas se processa, em primeiro lugar, no interior da família e do grupo em que este indivíduo se insere. Neste sentido, cabe aos pais e responsáveis zelar pela condução de princípios básicos, eis que, neste processo de socialização ou de inserção do indivíduo na sociedade, a educação tem papel estratégico, principalmente na construção da cidadania.
É no seio familiar que são construídos os primeiros conceitos de moralidade, civilidade e ética. Nesse sentido, compete aos pais a responsabilidade pelos abusos e atitudes violentas praticados pelos seus filhos.
O comportamento agressivo vem ganhando mais força com a internet. O cyberbullying – a versão online da prática – tem potencial para fazer ainda mais vítimas que o bullying tradicional. A versão virtual do fenômeno, por meio de e-mails, páginas na web, sites de relacionamento, programas de bate-papo, mensagens via celular, favorecidos na maioria das vezes pela facilidade do anonimato, vem tomando proporções geométricas.
Também em decisão de vanguarda na Justiça brasileira, o Tribunal de Justiça de Rondônia condenou os pais de um grupo de alunos que, utilizando de um ambiente virtual, agrediram moralmente um professor. Vê-se, pois, que o comportamento agressivo de crianças e adolescentes não está limitado apenas aos colegas. Infelizmente, o desrespeito e a humilhação vêm atingindo os próprios educadores.
O que é Bullying
Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Alguns exemplos das técnicas de assédio escolar:
- Insultar a vítima;
- Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;
- Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
- Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os.
- Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
- Depreciar a vítima sem qualquer motivo;
- Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens;
- Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;
- Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;
- Isolamento social da vítima;
- Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com publicação de fotos etc);
- chantagem;
- Expressões ameaçadoras;
- Grafitagem depreciativa;
- Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
- Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.
O que causa Bullying
Bullying é causado pela necessidade de um indivíduo de se impor sobre outro para satisfação pessoal e demonstração de poder. Isso acontece essencialmente entre adolescentes e crianças, quando essa necessidade é maior, pois é quando a sua "defenição social" se está formando, assim como a sua personalidade se está estabilizando. Geralmente no meio escolar, ou se é popular, (estado ao qual muitos chegam através de acções de bullying), ou não, e estes são quem sofrem o bullying.
Existe também o bullying entre adultos embora exista uma grande diferença: o bullying escolar envolve, para além de pressão psicológica, actos de agressão física, enquanto que entre adultos o bullying se fica pela agrassão psicológica.
Devido à enorme pressão a que o bullying sujeita o indivíduo, este torna-se frágil. Uma vez fragilizada, a vítima apresenta dificuldades de comunicação com os outros, o que influencia negativamente a sua capacidade de desenvolvimento em termos sociais, profissionais e emocionais/afectivos (Ventura, 2006). A incompreensão é algo que as vítimas sentem habitualmente por parte dos outros. As consequências do bullying para a vítima são muitas e destacamos as seguintes: 1. medo, 2. angústia, 3. pesadelos, 4. falta de vontade de ir à escola e rejeição da mesma, 5. ansiedade, dificuldades de relacionamento interpessoal, 6. dificuldade de concentração, diminuição do rendimento escolar, 7. dores de cabeça, dores de estômago e dores não-especificadas, 8. mudanças de humor súbitas, 9. vómitos, 10. urinar na cama, 11. falta de apetite ou apetite voraz, 12. choro, 13. insónias, 14. medo do escuro, 15. ataques de pânico sem motivo, 16. sensação de aperto no coração, 17. aumento do pedido de dinheiro aos pais e familiares, 18. desaparecimento de material escolar, 19. abuso de álcool e/ou estupefacientes, 20. auto-mutilação, 21. stress, 22. suicídio, 23.baixa auto-estima Ponto em comum em todos os casos: ocorre tudo sem motivo aparente.Com o passar do tempo, as vítimas de bullying tanto podem recuperar destes traumas sofridos durante o período escolar, como podem desenvolvê-los mais e mais, até entrarem num ponto irreversível, como é o caso do desespero levado ao extremo culminar em suicídio. A superação, ou não, destes traumas passa pelo tipo de família da vítima, assim como pelo meio onde vive, pelas suas relações sociais e pela sua própria personalidade. Na vida adulta, as vítimas de bullying também manifestam consequências deste período, como sentimentos negativos, seriedade, problemas de relacionamento e até mesmo agressividade. A prática de bullying no trabalho é também umas das consequências que a vítima de violência escolar pode vir a apresentar . Os agressores, longe de não se verem afectados pelas consequências dos seus actos, desenvolvem, ao longo dos anos, várias tendências, que podemos caracterizar como comportamentos de risco. De entre os comportamentos de risco identificados, destacamos os seguintes (Gaspar, 2006; McCarthy, Sheehan, Wilkie e Wilkie, 1996:54): 1. consumo de álcool e de estupefacientes; fraco envolvimento escolar e familiar; 2. absentismo e/ou abandono escolar; 3. comportamentos que coloquem a sua integridade física em risco e a dos outros, como são o caso da condução com excesso de velocidade ou manobras consideradas perigosas e actividades desportivas de risco; 4. suicídio . Para além destas consequências, os agressores tendem, igualmente, a desenvolver comportamentos anti-sociais e a praticar violência doméstica, ou mesmo bullying no trabalho (Abrapia, 2006). Os riscos destes jovens se virem a converter em criminosos é alto. Os agressores, longe de não se verem afectados pelas consequências dos seus actos, desenvolvem, ao longo dos anos, várias tendências, que podemos caracterizar como comportamentos de risco. De entre os comportamentos de risco identificados, destacamos os seguintes (Gaspar, 2006; McCarthy, Sheehan, Wilkie e Wilkie, 1996:54): 1. consumo de álcool e de estupefacientes; fraco envolvimento escolar e familiar; 2. absentismo e/ou abandono escolar; 3. comportamentos que coloquem a sua integridade física em risco e a dos outros, como são o caso da condução com excesso de velocidade ou manobras consideradas perigosas e actividades desportivas de risco; 4. suicídio . Para além destas consequências, os agressores tendem, igualmente, a desenvolver comportamentos anti-sociais e a praticar violência doméstica, ou mesmo bullying no trabalho (Abrapia, 2006). Os riscos destes jovens se virem a converter em criminosos é alto (Abrapia, 2006; McCarthy, Sheehan, Wilkie e Wilkie, 1996:54). As principais consequências do bullying no meio escolar são: 1. ansiedade e medo; níveis elevados de evasão escolar; 2. alta rotatividade do quadro de pessoal; desrespeito pelos professores (e agressões); 3. grande número de faltas por motivos menores; 4. porte de arma por parte dos alunos visando protecção pessoal; 5. acções judiciais contra a escola ou outro responsável (professor, auxiliar de acção educativa, entre outros), assim como contra a família do agressor (Abrapia, 2006). Como se pode constatar, as consequências deste fenómeno no meio escolar não afectam somente os alunos, mas todas as entidades presentes nestes locais, desde os professores até aos encarregados de educação, passando pelos auxiliares de acção educativa e afins (Abrapia, 2006). Mas as consequências do bullying não se ficam por aqui, tendo-se registado casos de tiroteios em escolas, como os que aconteceram no Brasil e nos Estados-Unidos. As principais consequências do bullying no meio escolar são: 1. ansiedade e medo; níveis elevados de evasão escolar; 2. alta rotatividade do quadro de pessoal; desrespeito pelos professores (e agressões); 3. grande número de faltas por motivos menores; 4. porte de arma por parte dos alunos visando protecção pessoal; 5. acções judiciais contra a escola ou outro responsável (professor, auxiliar de acção educativa, entre outros), assim como contra a família do agressor (Abrapia, 2006). Como se pode constatar, as consequências deste fenómeno no meio escolar não afectam somente os alunos, mas todas as entidades presentes nestes locais, desde os professores até aos encarregados de educação, passando pelos auxiliares de acção educativa e afins (Abrapia, 2006). Mas as consequências do bullying não se ficam por aqui, tendo-se registado casos de tiroteios em escolas, como os que aconteceram no Brasil e nos Estados-Unidos. |